O exame de microscopia especular da córnea identifica o número de células presentes na região. Com a passagem do tempo, como em todo o restante do corpo, ocorrem mudanças celulares, e de outros níveis, que podem lesar estruturas, como a córnea. Desta forma, o exame, especificamente, avalia a degeneração ou a distrofia desse componente.

O nome da célula que é protagonista do exame de microscopia especular da córnea é endotelial e é encarregada pela transparência e integridade da córnea. Vale a pena ressaltar que o resultado do diagnóstico não leva em consideração apenas a quantidade dos organismos celulares, mas a qualidade deles: fator importantíssimo para uma avaliação completa do quadro do paciente.
Principais motivos para solicitação do exame de microscopia especular da córnea
A análise da condição da córnea é um pré-requisito para os pacientes que estão prestes a se submeter a uma cirurgia na região, isso porque é preciso prever o comportamento e os riscos aos quais a córnea será exposta durante um procedimento cirúrgico. Assim, são candidatos ao exame de microscopia especular da córnea quem vai realizar:
Cirurgia refrativa (correção de miopia, astigmatismo e hipermetropia);
Cirurgia de catarata;
Transplante de córnea.
O que preciso saber sobre o exame?
Ele é completamente indolor e tem duração, em média, de 20 minutos. O paciente se coloca na região frontal do aparelho – incumbido de realizar o exame de microscopia especular da córnea e de registrar a imagem para análise digital.
Doenças da córnea
Ao analisar a córnea, com tamanho detalhamento, os diagnósticos ficam precisos, facilitando a definição do tratamento pelo oftalmologista. A confirmação de a degeneração das células endoteliais, contudo, pode indicar a necessidade de transplante de córnea, mas apenas a avaliação do seu médico é confiável e segura para determinar esse tratamento.
O transplante é necessário porque as células afetadas não se regeneram, paralisando, lentamente o funcionamento desse componente do olho. O ceratocone, por exemplo, é uma enfermidade ocular que causa afinamento da córnea e alteração do seu formato, aproximando-se da forma geométrica do cone. Existem outros quadros clínicos – referentes à córnea – que podem ser revertidos após o transplante. Confira:
Ceratoglobo;
Ceratopatia bolhosa;
Córnea guttata e Distrofia de Fuchs;
Degeneração marginal pelúcida;
Distrofias corneanas;
Leucomas.
Vale ressaltar que o transplante de córnea é realizado há mais de 80 anos. No início, a técnica substituía o globo ocular integralmente, com a evolução da medicina, tornou-se uma prática selecionar a parte da córnea, feita a laser, necessária ao futuro transplantado.
Fonte: Neo Oftalmo
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